EDP com Resultados Líquidos de 34,2 Milhões de Contos

Quinta-feira 27, Abril 2000

O resultado líquido consolidado do Grupo EDP para o primeiro trimestre de 2000 ascendeu a 34,2 milhões de contos e o lucro por acção a 56,99 escudos. Estes valores representam um acréscimo de 14,4 %, relativamente ao verificado no mesmo período de 1999.

O resultado líquido consolidado do Grupo EDP para o primeiro trimestre de 2000 ascendeu a 34,2 milhões de contos e o lucro por acção a 56,99 escudos. Estes valores representam um acréscimo de 14,4 %, relativamente ao verificado no mesmo período de 1999.

O cash flow gerado foi de 66,6 milhões de contos, um aumento de 7,3% face ao período homologo do ano passado, e os resultados operacionais ascenderam a 53,3 milhões de contos (mais 1,9 %). Os resultados extraordinários atingiram 5 milhões de contos, contra 5,8 milhões de contos no ano anterior.

O investimento no core business do Grupo foi de 10,435 milhões de contos.

As vendas de energia eléctrica totalizaram 8.775 GWh, um acréscimo de 7,3 %. A este valor devem ser somados 287 GWh referentes a exportações para a pool espanhola. Em valores, as vendas totalizaram 160,7 milhões de contos (mais 7,1%).

A evolução das vendas de energia eléctrica terá de ser analisada à luz do decréscimo tarifário que a ERSE estabeleceu para o exercício de 2000, e que foi, em termos médios, de 0,6 % em valores nominais.

A expectativa de crescimento do consumo anual de energia eléctrica continua a situar-se entre os 4,5 e os 5 %.

O número de clientes no final de Março de 2000 era de 5,32 milhões, um crescimento de 0,6 % relativamente a Dezembro de 99.

O custo das vendas de electricidade, quando corrigido do efeito da hidraulicidade, ascendeu a 39,3 milhões de contos, mais 30 % que no primeiro trimestre de 1999, essencialmente devido à baixa hidraulicidade e ao significativo aumento do preço médio dos combustíveis.

Em 31 de Março, o Grupo tinha 13.805 empregados, o que corresponde a um aumento de 53 trabalhadores face a Dezembro do ano passado. Os efectivos afectos ao core business (Electricidade) eram 11.554. Os custos com o pessoal aumentaram para 22,2 milhões de contos (mais 0,7 %), mas no core business os custos com o pessoal reduziram-se em 3,8 %.

Factos relevantes no primeiro trimestre

Entrada em funcionamento da ONI em 1 de Janeiro de 2000, como prestadora de serviço fixo de voz e dados, suportada por uma rede de mais de 35.000 km de fibra óptica.

A estratégia da empresa tem estado centrada nos segmentos de clientes empresariais e nos clientes particulares, com uma factura de telecomunicações superior a 30 euros mensais.

No final do primeiro trimestre, a ONI detinha 165 mil clientes registados de voz e apresentava um tráfego diário de cerca de 295 mil minutos. O número de cartões ONICARD distribuídos era de 50 mil e o número de Clientes Internet registados 86 mil.

Em relação aos serviços de acesso à Internet - e depois de numa primeira fase terem sido apenas disponibilizados aos clientes de voz - a ONI está a lançar uma campanha específica dirigida ao mercado em geral, prevendo distribuir mais de 500.000 CD ROM.

Estabelecimento de um acordo de cooperação entre a ONI e a Telecel, que permite aos dois operadores reforçar a oferta global e integrada de serviços.

A ONI, a Telecel e a Brisa celebraram um acordo de cooperação visando o desenvolvimento conjunto, a curto prazo, de um projecto para a construção, utilização, gestão e aluguer de infraestruturas de suporte e de telecomunicações (carrier of carriers), procurando a optimização da utilização das infraestruturas de cada uma das empresas.

Para os negócios de e-finance e serviços não financeiros com base na internet, a EDP e o BCP celebraram um acordo de associação estratégica. Este acordo estabelece a criação de uma sociedade gestora de participações sociais, detida conjuntamente pela EDP e pelo BCP, que desenvolverá aqueles negócios (também em associação com o Banco Sabaddel, parceiro do BCP em Espanha).

Visando um reforço da EDP no negócio do gás natural, tendo em vista o desenvolvimento do projecto de produção de electricidade na Península Ibérica, a EDP acordou comprar à Petrocontrol 11% do capital da GALP por um valor de 63,7 milhões de contos, passando a deter uma participação total de 14,27%.

A EDP adquiriu 10% do capital da EDA, empresa de electricidade dos Açores, por 1,2 milhões de contos, com a qual estabeleceu um acordo de parceria estratégica.

Durante o primeiro trimestre deste ano, foi concluído o processo formal de fusão das quatro distribuidoras, dando origem à EDP Distribuição.

Perspectivas

Para o ano 2000, e à parte da influência das temperaturas médias, espera-se um crescimento dos consumos da ordem dos 4,5 a 5%. Esta previsão é sustentada pelo crescimento económico que se estima em 3,3 % e pela elasticidade superior a 1 do crescimento dos consumos face ao PIB.

Os custos unitários de produção não deverão reduzir-se face a 1999 devido, sobretudo, a dois factores: por um lado, o pagamento integral dos custos de capacidade da central da Tapada do Outeiro que, em 1999, apenas esteve em serviço comercial o equivalente a pouco mais de 6 meses e, por outro lado, o aumento dos custos de combustíveis.

Lisboa, 27 de Abril de 2000