EDP apresenta projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor

Friday 31, August 2007

O primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente do conselho de administração executivo da EDP, António Mexia, apresentaram na manhã de 31 de Agosto, em Torre de Moncorvo, o projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor.

Este projecto, bloqueado há cerca de 10 anos, obteve agora "luz verde" por parte da Comissão Europeia, sensível às medidas de compensação apresentadas e à importância estratégica que o projecto tem para a região e para o País.

A sua concretização reflecte uma nova forma de integrar o crescimento económico e o meio ambiente, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e defesa da biodiversidade.

O concurso público para a construção da barragem do Baixo Sabor vai ser lançado no início de Setembro. O prazo para apresentação de propostas terminará em Janeiro de 2008 e a adjudicação e lançamento da obra ocorrerá até meio do próximo ano. Está previsto que a entrada em serviço ocorra entre 2012 e 2013.

DDF



Principais características do Aproveitamento do Baixo Sabor:

Localização

Torço inferior do rio Sabor (afluente do Douro)

Potência instalada

170 MW

Produção anual

250 GWh

Capacidade de produção

- 150 MW todos os dias úteis durante 2 meses

- 700 MW nas horas de ponta nas centrais a jusante no Rio Douro

Investimento

354 M€

Entrada em serviço

2012-13


O Baixo Sabor tem uma importância fundamental em diversas vertentes distintas:

Reserva estratégica de água para emergências

Constituição de uma reserva de emergência de 450 Mm3, actualmente inexistente

Capacidade de armazenamento

Duplica capacidade portuguesa no Douro, com mais 630 Mm3

Controlo de cheias

Redução de 1,5m

Contributo para o crescimento da energia eólica

Perto de 20% da actual capacidade de bombagem

Redução das emissões de CO2

Superior a 5% das emissões do sector. Além de desempenhar um papel preponderante no abastecimento de água para consumo humano e agrícola, na regularização dos caudais, na melhoria das condições de combate aos fogos e na redução de emissões de CO2, a construção do aproveitamento do Baixo Sabor prevê, ainda, a criação de condições para o crescimento sustentado da energia eólica.

As medidas compensatórias adoptadas terão reflexos numa vasta região circundante, e permitirão a melhoria das condições de espécies protegidas (lobo, águias e morcegos, entre outras espécies).

Para a manutenção, ao longo dos 75 anos de vida do Baixo Sabor, das medidas de carácter ambiental a implementar, está já assegurado um Fundo Financeiro de cerca de 750 mil € por ano. A entidade gestora deste fundo será constituída por agentes locais, comunidade científica, ONG e entidades relevantes da Administração Pública.