EDP inaugura Espaço de Sustentabilidade

Thursday 14, September 2006

A EDP inaugura hoje, dia 14 de Setembro, o seu espaço da sustentabilidade, numa iniciativa original não só em Portugal mas também a nível internacional. Este espaço traduz de forma inequívoca a aposta da empresa em empreender uma prática de sustentabilidade em todas as suas iniciativas. Medida aliás que tem vindo a ser posta em prática e que cada vez mais irá ser reforçada.

Neste novo espaço - cuja iluminação e equipamentos audiovisuais serão alimentados a energia solar - a EDP pretende promover a defesa e divulgação das energias alternativas e da protecção do ambiente além das boas práticas sociais e económicas. Com efeito, o Grupo conta com a parceria de várias organizações não governamentais, nomeadamente, nesta fase de lançamento do referido espaço, com a Quercus.

A associação ambientalista irá promover colóquios, exposições e debates em torno da temática ambiental. Exibirá também neste espaço o programa "Minuto Verde", resultante de uma parceria com a RTP.

Pretende-se que este seja um espaço de referência na promoção do Desenvolvimento sustentável nas suas três vertentes.

Com a abertura deste espaço, a EDP dá mais um passo na inovação e dá corpo aos princípios de desenvolvimento sustentável que adoptou e que assentam em oito vectores principais.


 

1. Criação de valor

A actividade desenvolvida pela EDP visa a criação de valor para os seus diferentes stakeholders- accionistas, clientes/comunidade e colaboradores - integrando os aspectos económicos, ambientais e sociais nos seus processos de planeamento e tomada de decisão.

Do ponto de vista accionista, os indicadores financeiros apresentam, em 2005, uma melhoria significativa. O volume de negócios, em 2005, atingiu os 9,67 mil milhões de euros, valor que corresponde a 6,6% do PIB. O investimento operacional no mesmo período registou um aumento de 17,1%.

Ao nível da comunidade, verificou-se igualmente uma preocupação ao nível da sustentabilidade, sendo que 20,8% do volume de negócios foi devolvido à sociedade. A este nível importa ainda referir que o ano de 2005, foi marcado pela consolidação da marca.

 

2. Eficiência na utilização de recursos

Uma cada vez maior eficiência nos processos produtivos é um factor crítico para o desenvolvimento sustentável. Por força disso, a EDP apostou forte nas energias renováveis tendo, em 2005, criado a NEO Energia, que tem a responsabilidade da gestão integrada deste negócio na Península Ibérica.

Actualmente, o grupo EDP ocupa o quinto lugar do ranking mundial, em termos de capacidade instalada em energia eólica.

No ano passado, a EDP esteve envolvida em cerca de 30 projectos de investigação e desenvolvimento (I&D) e inovação tecnológica. O Grupo editou a publicação "Inovação e Desenvolvimento Tecnológico no Grupo EDP", divulgando a sua política de I&D, bem como as actividades e projectos mais relevantes levados a cabo no período 1999-2004.

Ao nível do consumo de água verificou-se, em 2005, uma redução não só ao nível dos serviços administrativos, mas também nos centros electroprodutores.

Há a destacar ainda algumas iniciativas do Grupo EDP direccionadas para a eficiência na utilização final da energia:

- Projectos de sensibilização das comunidades escolares para os problemas das alterações climáticas e de eficiência energética;

- Participação no programa "Energy Wisdom" da Eurelectric e no programa "Greenlight" da Comissão Europeia;

- Acções de sensibilização em Portugal sobre "Eficiência energética em edifícios" parceria com a Ordem dos Engenheiros e com a Ordem dos Arquitectos


3. Protecção do ambiente

Consciente da necessidade e da importância da protecção ambiental, o Grupo EDP desenvolve constantemente medidas com vista a minimizar o impacte ambiental de todas as actividades que desenvolve.

Directamente relacionada com a sua actividade, as emissões de CO2 das centrais da EDP são uma preocupação constante.

Para além da melhoria tecnológica do parque de produção designadamente da Nova Central do Ribatejo de Ciclo Combinado a Gás Natural, o Grupo EDP procura ainda gerir de forma eficiente o risco do CO2. Deste modo, a EDP participa não só no comércio de emissões mas também investe em projectos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (CDM). Estes investimentos são efectuados via fundos de carbono ou directamente em projectos de redução de emissões.

As emissões de SF6 diminuíram 14% entre 2004 e 2005.

Nos investimentos que realiza, a EDP tem como prática a preservação da biodiversidade, optimizando a gestão ambiental e promovendo estudos que contribuam para o conhecimento nesta matéria.

No desenvolvimento de parques eólicos, em Portugal já foram efectuados nove estudos de monitorização da fauna, permitindo mostrar que é possível compatibilizar estas infra-estruturas com os ecossistemas.

No Brasil, são mantidos programas de reflorestamento e de contenção da erosão nas margens das albufeiras das centrais hidroeléctricas, tendo-se procedido à plantação aproximada de 330 mil mudas de espécies autóctones em 2005.

Ainda em matéria de protecção ambiental, a EDP foi percursora no reaproveitamento de materiais utilizados na promoção de grandes patrocínios desportivos, transformando os pendões de promoção das maratonas em sacos para difusão de documentação em conferências de imprensa, "jobshops" universitários, etc.

 

4. Integridade

O cumprimento de padrões éticos na condução dos seus negócios é um dos princípios básicos do Grupo EDP. Por isso, em 2005, o Grupo aprovou o seu Código de Ética e divulgou-o à totalidade dos seus colaboradores, estando também disponível na Internet. No Brasil, a Enersul recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o prémio Qualidade no Trabalho do Serviço Social da Indústria.

Neste âmbito, a EDP aderiu a diversas iniciativas internacionais:

Relata a sua actividade de acordo com a lei Sarbannes-Oxley Act, que obriga todas as empresas à certificação do relatório anual, bem como a divulgação pública do resultado da avaliação da auditoria financeira.

Participa, desde 2004, na Global Compact, uma iniciativa da ONU, que enquadra a sua actuação num conjunto de princípios universais;

Aderiu igualmente, em 2004, ao "World Business Council for Sustainable Development" (WBCSD);

Utiliza, desde 2001, as directrizes do Global Reporting Initiative (GRI) para a elaboração do seu Relatório de Sustentabilidade, sendo um "Organizational Stakeholder" do GRI desde 2004;

Subscreveu, no final de 2005, a World Safetty Declaration, onde assume o compromisso para a melhoria das condições de segurança no local de trabalho.


5. Diálogo com as partes interessadas

Neste princípio, o principal objectivo da EDP é garantir um relacionamento aberto, transparente e de confiança com as diferentes partes interessadas.

Ao nível dos clientes residenciais verificou-se um aumento do índice de satisfação para 73%, no que diz respeito ao produto e para 61% no que diz respeito ao serviço. Já nos clientes empresariais, este indicador aumentou para 66%, no que diz respeito ao produto e para 55% no que diz respeito ao serviço.

Ainda com os seus clientes, a EDP lançou um conjunto de diferentes iniciativas de conselhos úteis para poupar energia eléctrica - através de campanhas publicitárias e do lançamento de um guia de eficiência energética - bem como de uma página específica no sítio EDP.

Com os seus accionistas e investidores, a empresa garante, através de uma estrutura própria, o acesso à informação financeira da empresa.

Finalmente, junto da comunidade, o Grupo EDP assume uma posição marcante na articulação com as universidades e as empresas, mantendo alguns protocolos com instituições de relevo, como a AESE, MIT, ISCTE, COTEC, ADISEGI, UCP e a UNL. Além disso, o Grupo recebeu mais de 26 mil visitas às suas instalações, ao longo de 2005.

Em resultado desta preocupação, o prémio Cidadania das Empresas e Organizações reconheceu a EDP como um caso exemplar. Dos três prémios entregues na categoria Empresa, a EDP arrecadou dois: o de empresa mais bem sucedida na aplicação das suas políticas de responsabilidade social no conjunto das componentes económica, social e ambiental e um prémio individual na subcategoria ambiental, que valoriza práticas, políticas e desempenho ambiental.

 

6. Gestão do capital humano

Num universo de cerca de 14 mil trabalhadores - entre Portugal, Espanha e Brasil - a gestão do capital humano do Grupo é um factor crítico a ter em conta, tendo em vista o seu constante desenvolvimento.

Como resultado desta aposta, verificou-se em Portugal, no ano passado, uma redução de 1% na taxa de absentismo, registando-se igualmente uma redução de 48% no total de acidentes, face a 2003, num total de 61 acidentes em 2005.

Ao nível de saúde, o novo plano de benefícios sociais/médicos - o EDP Flex - garante a satisfação de 75% dos colaboradores que a ele aderiram. Além disso, o Grupo continua a apostar na promoção de apoio para a desabituação tabágica, melhoria de hábitos alimentares e, em 2006, no

combate ao stress e implementação de uma "Política de Prevenção e Controlo do Álcool" que tem como base de aplicação um Regulamento de controlo da mesma.

Ao nível dos colaboradores, a EDP aposta na formação constante. Em 2005, foram mais de 200 mil horas de formação para o universo de colaboradores da EDP.

O Código de ética do Grupo EDP e as políticas implementadas de acesso ao Presidente do Conselho de administração rejeitam liminarmente práticas abusivas e discriminatórias

 

7. Promoção do acesso à energia eléctrica

A EDP Distribuição assume, no âmbito da reorganização do sistema eléctrico nacional, o papel de comercializador de último recurso, encontrando-se obrigado a assegurar o fornecimento de energia eléctrica a todos os clientes que o solicitem.

O Grupo tem adoptado medidas para proteger os clientes mais vulneráveis. Em Portugal, em 2005, cerca de quatro mil clientes contrataram a tarifa social, sendo que no Brasil este número atingiu quase meio milhar.

Também a qualidade de serviço prestado tem sido uma das apostas do Grupo. No ano passado, o tempo de interrupção equivalente da potência instalada atingiu em Portugal um valor aproximadamente 19% menor em relação ao ano homólogo.

 

8. Apoio ao desenvolvimento social

Este princípio assenta no apoio a iniciativas de promoção social e cultural, com base em critérios transparentes de avaliação de relevância para a comunidade.

Em 2005, e considerando apenas Portugal, os apoios mecenáticos rondaram os 20 milhões de euros dos quais 19 milhões são relativos à dotação do capital inicial da Fundação EDP e o remanescente foi aplicado em actividades de natureza social (66,5%) e actividades de interesse cultural, ambiental, científico, desportivo e educacional (33,5%). Destaque ainda para o prémio EDP Solidária, destinado a apoiar projectos nas áreas da solidariedade e saúde a instituições sem fins lucrativos e que em 2005 totalizou 350 mil euros.

Já em Espanha, as despesas em donativos foram de cerca de 1 milhão de euros, sendo 29% afecto a acções de promoção do património histórico, nomeadamente instalação de novos sistemas de iluminação (em 2004 foi de 2%).

No Brasil, as acções de apoio ao desenvolvimento social atingiram 1,7 milhões de euros. A Bandeirante alcançou o Prémio de Responsabilidade Empresarial do Alto Tietê por ter criado um programa dirigido à Educação da Comunidade onde a distribuidora se insere.

Finalmente, e ainda neste princípio, destaque para a cooperação com os sectores eléctricos dos países lusófonos. Em 2005, a actividade da EDP dirigiu-se sobretudo ao mercado Angolano, com projectos de transferência de conhecimentos nas áreas de formação técnica.