Fundo EDP Biodiversidade entrega 500 mil euros a três projectos

Thursday 29, March 2001

Os Briófitos, o Sisão e a Lampreia são os projectos vencedores do Fundo EDP Biodiversidade

BrioAtlas - Portugal (Atlas dos briófitos ameaçados em Portugal); Movimentos locais e regionais do Sisão (Tetrax tetrax) e Plano Nacional de Conservação da lampreia-de-rio e da lampreia-de-riacho são os projectos vencedores do Fundo EDP Biodiversidade. O prémio no valor de 500 mil euros será distribuído pelos três vencedores. No total, foram recebidos 105 projectos que incidiram sobre temas tão diversos como as borboletas, o zimbro, o lobo ibérico, a educação ambiental, etc.
BrioAtlas é um projecto da Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em parceria com o Museu Nacional de História Natural, o Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos. Pretende elaborar a Lista Vermelha dos Briófitos de Portugal, através da actualização da distribuição dos diferentes briófitos ameaçados e identificar as áreas territoriais prioritárias para a sua conservação.
A identificação dos Movimentos locais e regionais do Sisão é um projecto em que emparceiram o Instituto Superior de Agronomia, a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Liga para a Protecção da Natureza. Esta equipa vai elaborar uma carta de risco de colisão com linhas aéreas de distribuição de energia para o Sisão, uma ave que, no Livro Vermelho dos Vertebrados, está classificada como vulnerável no nosso país.
Para a lampreia-de-rio e a lampreia-de-riacho (duas espécies de vertebrados que pertencem ao grupo com um estatuto de ameaça mais elevado em Portugal) está agora viabilizado um Plano Nacional de Recuperação. Um Plano assinado por uma ampla parceria: Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), Centro de Investigação Ambiental Lda. Planeta Vivo e Instituto de Oceanografia (IO), a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em parceria com a Universidade de Évora (UE) e o Fluviário de Mora.
Ao concurso para este Fundo, puderam candidatar-se todas as entidades públicas ou privadas, sem fins lucrativos, que demonstrassem ter competências técnicas no domínio da conservação da natureza.
O Júri foi constituído pelo Professor João Ferreira do Amaral, do ISEG (Presidente do Júri e Presidente do Conselho de Sustentabilidade e Ambiente do Grupo EDP), pela Professora Maria do Rosário Partidário, do IST - especialista em Avaliação Ambiental Estratégica, pelo Eng.º Francisco Sánchez, Presidente da Fundação EDP, pelo Dr. Luís Filipe Manuel, Administrador da EDP Inovação e pelo Eng.º Neves de Carvalho, Director Corporativo de Sustentabilidade e Ambiente da
EDP.
O Fundo EDP Biodiversidade foi lançado este ano pelo Grupo e tem como objectivo financiar projectos associados à promoção e recuperação da biodiversidade.