EDP apresenta projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor
O primeiro-ministro, José Sócrates, e o presidente do conselho de administração executivo da EDP, António Mexia, apresentaram na manhã de 31 de Agosto, em Torre de Moncorvo, o projecto do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor.
Este projecto, bloqueado há cerca de 10 anos, obteve agora "luz verde" por parte da Comissão Europeia, sensível às medidas de compensação apresentadas e à importância estratégica que o projecto tem para a região e para o País.
A sua concretização reflecte uma nova forma de integrar o crescimento económico e o meio ambiente, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável e defesa da biodiversidade.
O concurso público para a construção da barragem do Baixo Sabor vai ser lançado no início de Setembro. O prazo para apresentação de propostas terminará em Janeiro de 2008 e a adjudicação e lançamento da obra ocorrerá até meio do próximo ano. Está previsto que a entrada em serviço ocorra entre 2012 e 2013.
DDF
Principais características do Aproveitamento do Baixo Sabor:
Localização | Torço inferior do rio Sabor (afluente do Douro) |
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Potência instalada | 170 MW |
Produção anual | 250 GWh |
Capacidade de produção | - 150 MW todos os dias úteis durante 2 meses - 700 MW nas horas de ponta nas centrais a jusante no Rio Douro |
Investimento | 354 M€ |
Entrada em serviço | 2012-13 |
O Baixo Sabor tem uma importância fundamental em diversas vertentes distintas:
Reserva estratégica de água para emergências | Constituição de uma reserva de emergência de 450 Mm3, actualmente inexistente |
Capacidade de armazenamento | Duplica capacidade portuguesa no Douro, com mais 630 Mm3 |
Controlo de cheias | Redução de 1,5m |
Contributo para o crescimento da energia eólica | Perto de 20% da actual capacidade de bombagem |
Redução das emissões de CO2 | Superior a 5% das emissões do sector. Além de desempenhar um papel preponderante no abastecimento de água para consumo humano e agrícola, na regularização dos caudais, na melhoria das condições de combate aos fogos e na redução de emissões de CO2, a construção do aproveitamento do Baixo Sabor prevê, ainda, a criação de condições para o crescimento sustentado da energia eólica. As medidas compensatórias adoptadas terão reflexos numa vasta região circundante, e permitirão a melhoria das condições de espécies protegidas (lobo, águias e morcegos, entre outras espécies). Para a manutenção, ao longo dos 75 anos de vida do Baixo Sabor, das medidas de carácter ambiental a implementar, está já assegurado um Fundo Financeiro de cerca de 750 mil € por ano. A entidade gestora deste fundo será constituída por agentes locais, comunidade científica, ONG e entidades relevantes da Administração Pública.
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