Parque eólico Tocha

EDP Renováveis recebe financiamento de 112M€ do BEI e do BPI para construir em Portugal dois parques eólicos com um total de 125MW

Terça-feira 12, Janeiro 2021

Empréstimo do BEI será concedido através do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) e vai permitir a construção de dois parques eólicos, em Coimbra e na Guarda. Durante a implementação dos projetos, deverão ser criados cerca de 560 postos de trabalho.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai conceder 65 milhões de euros à EDP Renováveis (EDPR) e o Banco BPI 47 milhões de euros, para financiar a construção e operação de dois parques eólicos em Portugal, nos distritos de Coimbra e Guarda, com uma capacidade total instalada de 125MW. O projeto é cofinanciado pelo Banco BPI e o financiamento do BEI é apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE ou EFSI, na sigla inglesa), o pilar principal do Plano de Investimento para a Europa.

Com o apoio do BEI e do BPI, a EDPR vai desenvolver, construir e operar dois parques eólicos de média dimensão: Tocha II, com uma capacidade instalada de 33MW, será construído no concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra; e o parque eólico Sincelo, com uma capacidade instalada de 92MW, estará localizado no distrito da Guarda, nos concelhos de Pinhel e Guarda, no norte do país.

Quando estiverem operacionais, os dois parques eólicos vão contribuir para que Portugal cumpra os seus objetivos no Pacto Europeu para o Clima, em que se prevê que, em 2030, 47% do consumo bruto de energia seja de origem renovável. Estes projetos serão também relevantes para alcançar a meta vinculativa da Comissão Europeia de, no final desta década, ter pelo menos 32% do consumo final de energia a partir de produção por fontes limpas.

Estes projetos vão ter um impacto relevante no emprego destas regiões, já que se prevê que criem cerca de 560 empregos temporários, durante a fase de construção.

Com este apoio, o BEI e o BPI reforçam os seus compromissos com o financiamento de projetos sustentáveis e com iniciativas que respeitam o ambiente, contribuindo desta forma para a prevenção e mitigação das alterações climáticas e para a transição para uma economia com baixas emissões de carbono.

O banco europeu apoia esta operação através de um ‘empréstimo verde’, cujas características estão em linha com os requisitos do programa Obrigações de Responsabilidade Ambiental (‘Climate Awareness Bonds’). Assim, esta operação será incluída no portefólio de empréstimos financiados através da emissão destes títulos.

“Temos o prazer de contar com o apoio do BEI para o desenvolvimento de novos projetos, que vão contribuir para a concretização dos objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima e das metas europeias, criando, ao mesmo tempo, mais de 500 empregos. Este projeto reforça o compromisso da EDP Renováveis com o setor renovável de Portugal e com a melhoria da qualidade de vida das gerações atuais e futuras, e consolida o nosso papel como líder de energias renováveis a nível mundial”, diz Rui Teixeira, CEO interino da EDP Renováveis.

"Este projecto emblemático reforça a nossa parceria com a EDP Renováveis e o compromisso do Banco na promoção da ação climática, do desenvolvimento económico e da coesão. Apoiar os objetivos de descarbonização de Portugal, ao mesmo tempo que promovemos o crescimento e a criação de emprego, é uma das principais prioridades do BEI. Se queremos tornar a recuperação económica pós-COVID verde e inclusiva, é fundamental promover o fornecimento de energia renovável e a sua ampla utilização pelo setor produtivo e pelos cidadãos", destaca Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI, responsável pelas operações em Portugal.

“Este acordo entre o BEI e a EDPR, alicerçado no Plano de Investimento da Comissão Europeia para a Europa, é vencedor tanto para o ambiente, como para a economia. O financiamento, apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, vai gerar novos parques eólicos no oeste e norte de Portugal, ajudando o país a alcançar os seus objetivos energéticos ambiciosos e criando novo emprego no processo”, frisa Paolo Gentiloni, Comissário Europeu para a Economia.

“O BPI é, desde há muito anos, parceiro do grupo EDP e esta operação da EDPR vem reforçar, uma vez mais, essa parceria. A adoção de critérios ESG- Environmental, Social and Governance - no lançamento de operações de investimento faz parte de uma nova tendência que terá uma relevância crescente, e muito importante, no futuro próximo. A participação nesta operação, em conjunto com o BEI - o que muito nos orgulha -, coloca o Banco BPI como uma entidade de referência no financiamento a empresas portuguesas, assente em princípios de sustentabilidade”, conclui Pedro Barreto, administrador do BPI.

 

Sobre o banco da União Europeia

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é o maior financiador a nível mundial para o combate às alterações climáticas. O Banco aprovou recentemente o Roteiro do Banco Climático para cumprir o ambicioso programa que visa mobilizar mil milhões de euros de investimento em ações climáticas e sustentabilidade ambiental, durante a década crítica, que termina em 2030. Para isso, o Banco aumentará gradualmente os financiamentos que afeta a estes objetivos para 50 % até 2025 e, a partir de 2021, todos os novos financiamentos do BEI serão alinhados com os objetivos do Acordo de Paris.

O BEI é também o maior emitente de obrigações verdes do mundo, e foi a primeira organização a fazer uma emissão neste mercado, em 2007.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) é a instituição de crédito a longo prazo da União Europeia, e é detido pelos respetivos Estados-Membros. Disponibiliza financiamento a longo prazo para investimentos sólidos, visando contribuir para os objetivos políticos da UE.

O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) é o pilar principal do Plano de Investimento para a Europa. Oferece garantias de primeira ordem que permitem ao BEI investir em projetos cada vez mais ambiciosos. Os projetos e acordos aprovados para financiamento ao abrigo do FEIE mobilizaram até agora 535,4 mil milhões de euros de investimento, dos quais 16 % foram para projetos relacionados com energia.