EDP conclui venda de barragens a consórcio liderado pela Engie
Acordo de venda de barragens no Douro envolve transação de 2,2 mil milhões de euros. Após a transferência de ativos, EDP manterá posição de liderança na produção hídrica em Portugal.
A EDP concluiu esta semana o processo de venda de seis centrais hídricas ao consórcio de investidores formado pela Engie (que detém uma participação de 40%), Crédit Agricole Assurances (35%) e Mirova - Grupo Natixis (25%). O fecho da transação, no valor de 2,2 mil milhões de euros, acontece exatamente um ano após o acordo feito entre as empresas e depois de garantidas todas as aprovações societárias e regulatórias.
O portefólio de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro envolvidas nesta operação inclui três centrais de albufeira (Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro) e três centrais de fio de água (Miranda, Bemposta e Picote), com um total de 1,7 GW de capacidade instalada.
Mesmo após esta transferência de ativos, a EDP manterá a sua posição de liderança em Portugal, com uma capacidade de produção hídrica instalada de 5,1 GW, e continuará a ser o segundo maior operador hídrico na Península Ibérica. Uma posição para a qual foi determinante o plano de construção e reforço de potência de centrais hídricas no país, que permitiu aumentar a capacidade instalada em 2,6 GW nos últimos 12 anos.
Com esta operação, a EDP garantiu um contributo decisivo para a execução do seu Plano Estratégico até 2022. A rotação de ativos prevista nesse plano tem como objetivo a otimização de portefólio, reduzindo a exposição à volatilidade hídrica e ao preço de mercado e reforçando o perfil de baixo risco do negócio e o nível de endividamento. Ao mesmo tempo que cria valor, a EDP procura assim reciclar capital para reinvestir em crescimento rentável, especialmente na área das energias renováveis.